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Fisgas de Ermelo- Mondim de Basto
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Fisgas de Ermelo- Mondim de Basto
Fisgas do Ermelo
Rumo a Trás-os-Montes para visitar o Parque Natural do Alvão. Passear de aldeia em aldeia para conhecer o modo de vida de quem lá está, e conhecer as casas típicas do Alvão, a raça maronesa e ainda ver paisagens nunca antes vistas: as maiores quedas de água da Península Ibéria. Ver para crer.
No vale onde agora estamos corre água pura. É o rio Olo. Um afluente do Tâmega vai formando lameiros que são o sustento do gado maronês, a raça bovina local. A terra é viçosa e os animais parecem contentes por lá andar, apesar destes prados férteis, por sinal bem pequenos, surgirem nos locais onde menos se espera.
Em região serrana, todo o espaço fértil é pouco para produzir. Nas zonas mais inóspitas andam as cabras bravias do Alvão que correm tudo, inclusive os matos, à procura de alimento. Os sinos ouvem-se ao longe.
Mas é junto às zonas mais férteis que vive gente. Gente que tem na agricultura e na pastorícia o sustento do dia-a-dia. Mulheres e homens exibem nos seus rostos o cansaço de uma vida de trabalho. As rugas fundas no rosto e os pés calejados são a prova mais do que suficiente que a vida por aqui é tão dura quanto o clima. As casas onde vivem são as mesmas onde viveram os seus pais e avós. Construções pequenas divididas em rés-do-chão, onde está a loja (ou currais) para os animais, e o primeiro andar,onde ficam os proprietários. Tradicionalmente, a separação é feita por um chão de madeira já que este material deixa passar o calor dos animais para os seus donos. Engenho e arte para executar as ideias não falta a esta gente.
Nove são as povoações que utilizam este tipo de habitação, tantas aldeias quanto fazem parte do Parque Natural. A saber: Lamas de Olo, Dornelas, Barreiro, Assureira, Arnal, Anta, Varzigueto, Fervença e Ermelo. Consoante o local onde se está (a mais altitude, ou a menos altitude), varia também o revestimento das casas.
Nos vales, as paredes de granito das habitações vêm acompanhadas com os telhados de colmo (palha de centeio) e nos planaltos, as casas de xisto são cobertas com lousa.
A fazer a transição das zonas de granito para as de xisto surgem umas quedas de água chamadas de Fisgas do Ermelo. Para saberes um pouco acerca da geologia, encontra-se no local uma placa com algumas explicações. As rochas que lá vês têm cerca de 475 milhões de anos e oferecem-se como bancada para que te possas sentar a admirar o espectáculo.
O rio Olo estreita-se até se despenhar num desfiladeiro formando uma série de cascatas de diferentes dimensões. A maior conta com aproximadamente 50 metros. Por tudo isto, estas são consideradas como as maiores quedas de água da Península Ibérica. Pois, mas e o nome?
Chama-se assim devido à forma como o rio se precipita, rasgando uma fisga (o mesmo é dizer fenda) na rocha. E por incrível que pareça, este rio não surge do ponto mais alto do monte, aqui ele rasga a rocha irrompendo do seu interior. A força é tanta que a água parece ter escavado uma saída improvisada. E o resultado é aquele magnífico espectáculo que vais ter oportunidade de ver. A grandiosidade de um quadro destes é tanta que se fica espantado de cada vez que lá se vai. E assim se compreende melhor o provérbio popular: "Água mole em pedra dura, tanto bate até que fura." Parece ter sido o caso.
Claro que num local destes as plantas e animais têm condições únicas para sobreviver. Se és daquelas pessoas que gostam de observar pelo puro prazer de conhecer, então este é um destino ideal para ti.
E tu que gostas tanto de geologia, vais ficar encantado com as aldeias de Muas e Arnal. Totalmente diferente do que viste até agora, vais encontrar um caos granítico formado por um amontoado de rochas a perder de vista. Pelas imagens que vês na televisão poderás até pensar que estás noutro planeta qualquer que não a terra. Se o Spielberg conhecesse talvez se aventurasse a fazer neste parque algum dos seus filmes de ficção. Pode ser, quem sabe.
Ainda aqui podes visitar o núcleo museológico bem castiço. Aqui está bem representada a tradicional casa do Alvão constituída pelo forno, o lagar de vinho, a eira, o palheiro e o espigueiro. E claro, ainda os espaços comunitários como a fonte, o tanque para lavagem de roupa e o moinho. Uma forma bem engraçada de manter vivas tradições que jamais se podem esquecer.
Rumo a Trás-os-Montes para visitar o Parque Natural do Alvão. Passear de aldeia em aldeia para conhecer o modo de vida de quem lá está, e conhecer as casas típicas do Alvão, a raça maronesa e ainda ver paisagens nunca antes vistas: as maiores quedas de água da Península Ibéria. Ver para crer.
No vale onde agora estamos corre água pura. É o rio Olo. Um afluente do Tâmega vai formando lameiros que são o sustento do gado maronês, a raça bovina local. A terra é viçosa e os animais parecem contentes por lá andar, apesar destes prados férteis, por sinal bem pequenos, surgirem nos locais onde menos se espera.
Em região serrana, todo o espaço fértil é pouco para produzir. Nas zonas mais inóspitas andam as cabras bravias do Alvão que correm tudo, inclusive os matos, à procura de alimento. Os sinos ouvem-se ao longe.
Mas é junto às zonas mais férteis que vive gente. Gente que tem na agricultura e na pastorícia o sustento do dia-a-dia. Mulheres e homens exibem nos seus rostos o cansaço de uma vida de trabalho. As rugas fundas no rosto e os pés calejados são a prova mais do que suficiente que a vida por aqui é tão dura quanto o clima. As casas onde vivem são as mesmas onde viveram os seus pais e avós. Construções pequenas divididas em rés-do-chão, onde está a loja (ou currais) para os animais, e o primeiro andar,onde ficam os proprietários. Tradicionalmente, a separação é feita por um chão de madeira já que este material deixa passar o calor dos animais para os seus donos. Engenho e arte para executar as ideias não falta a esta gente.
Nove são as povoações que utilizam este tipo de habitação, tantas aldeias quanto fazem parte do Parque Natural. A saber: Lamas de Olo, Dornelas, Barreiro, Assureira, Arnal, Anta, Varzigueto, Fervença e Ermelo. Consoante o local onde se está (a mais altitude, ou a menos altitude), varia também o revestimento das casas.
Nos vales, as paredes de granito das habitações vêm acompanhadas com os telhados de colmo (palha de centeio) e nos planaltos, as casas de xisto são cobertas com lousa.
A fazer a transição das zonas de granito para as de xisto surgem umas quedas de água chamadas de Fisgas do Ermelo. Para saberes um pouco acerca da geologia, encontra-se no local uma placa com algumas explicações. As rochas que lá vês têm cerca de 475 milhões de anos e oferecem-se como bancada para que te possas sentar a admirar o espectáculo.
O rio Olo estreita-se até se despenhar num desfiladeiro formando uma série de cascatas de diferentes dimensões. A maior conta com aproximadamente 50 metros. Por tudo isto, estas são consideradas como as maiores quedas de água da Península Ibérica. Pois, mas e o nome?
Chama-se assim devido à forma como o rio se precipita, rasgando uma fisga (o mesmo é dizer fenda) na rocha. E por incrível que pareça, este rio não surge do ponto mais alto do monte, aqui ele rasga a rocha irrompendo do seu interior. A força é tanta que a água parece ter escavado uma saída improvisada. E o resultado é aquele magnífico espectáculo que vais ter oportunidade de ver. A grandiosidade de um quadro destes é tanta que se fica espantado de cada vez que lá se vai. E assim se compreende melhor o provérbio popular: "Água mole em pedra dura, tanto bate até que fura." Parece ter sido o caso.
Claro que num local destes as plantas e animais têm condições únicas para sobreviver. Se és daquelas pessoas que gostam de observar pelo puro prazer de conhecer, então este é um destino ideal para ti.
E tu que gostas tanto de geologia, vais ficar encantado com as aldeias de Muas e Arnal. Totalmente diferente do que viste até agora, vais encontrar um caos granítico formado por um amontoado de rochas a perder de vista. Pelas imagens que vês na televisão poderás até pensar que estás noutro planeta qualquer que não a terra. Se o Spielberg conhecesse talvez se aventurasse a fazer neste parque algum dos seus filmes de ficção. Pode ser, quem sabe.
Ainda aqui podes visitar o núcleo museológico bem castiço. Aqui está bem representada a tradicional casa do Alvão constituída pelo forno, o lagar de vinho, a eira, o palheiro e o espigueiro. E claro, ainda os espaços comunitários como a fonte, o tanque para lavagem de roupa e o moinho. Uma forma bem engraçada de manter vivas tradições que jamais se podem esquecer.
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